sábado, 4 de março de 2017

Atividades plásticas, práticas e lúdicas: todos os dias


Não faz muito tempo que o direito das crianças a ter uma infância foi reconhecido. Infância esta na qual o ser criança se caracteriza pela expressão de vontades, desejos, necessidades, próprios desta fase da vida.

A infância durante muito tempo foi concebida um período transitório, culturalmente criado, pelo qual a criança deveria passar o mais rapidamente possível uma vez que não valia a pena muito investimento. A infância era concebida como um período de pouca importância porque em nada colaborava para a mudança social. As crianças eram vistas como ingênuas, frágeis, incapazes e dependentes.

A concepção de infância que os adultos têm determina em grande medida o que escolhemos para as crianças. Segundo a Teoria Histórico-Cultural, as crianças deveriam todos os dias participar de atividades lúdicas, práticas e plásticas. Temos privilegiado isso? Pouco, com certeza. Por isso, pensar, planejar, prever ações que resultem em experiências de natureza plástica, prática e lúdica pode nos levar a possibilitar que elas se realizem. O planejamento de ações nesse sentido com e para crianças exige que tenhamos os materiais à mão, o ambiente propício e facilitador e adultos dispostos a se envolver na sua realização.

As crianças encontram grande satisfação e prazer nas brincadeiras que envolvem água, tintas, massas e melecas. Às vezes colocar na boca faz parte do reconhecimento desses materiais por tratar-se de crianças que estão descobrindo o mundo. Toda ação da criança em busca de experimentar a textura, a cor e o sabor são perfeitamente previsíveis e devem fazer parte da vivência da atividade. Por isso, planejar momentos de contato com materiais e oferecê-los ao ar livre, mediante o arranjo do ambiente, dos materiais é muito importante se acreditamos que a infância pode ser vivida intensamente quando adultos possibilitam as experiências. 


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